sexta-feira, novembro 20, 2009

Salvador tem salvação?



Tenho andado muito triste com minha cidade. Quanto mais eu viajo ou ouço depoimentos de outras pessoas, sobre outras cidades do país, mais fico entristecido com o descaso do poder público e com burrice de nosso povo.

Salvador é uma cidade de múltiplas possibilidades. Possui criadores gabaritados e capacitados em todas as áreas, da arquitetura às artes. No entanto, uma desunião, uma desconexão, e um sentimento atávico de puxar as coisas pra baixo faz com que nunca consigamos crescer e melhorar, mesmo com todo potencial que temos.

Passando pelo Comércio, mais uma vez, a angústia de ver belíssimos casarões – que poderiam ser restaurados e transformados em um lugar de turismo, lazer e cultura – me deu um desespero em perceber que nada será feito até que eles caiam e a especulação imobiliária tome conta. Assim eu soube que estava sendo feito em Cachoeira, cidade patrimônio cultural, onde casarões antigos eram propositalmente descuidados pra tombar e serem substituídos; pois tombado, um casarão deixa de ser patrimônio, e o terreno pode ser reutilizado.

Soube que em Belo Horizonte haverá uma praça com cinco centros culturais; Caixa, Banco do Brasil, etc. E me pergunto se Salvador é tão desinteressante estrategicamente assim, pois o SESC investe pouquíssimo na cidade, primeira capital do país e terceira maior em termos populacionais (a despeito das atividades constantes que o SESC-Pelourinho faz na cidade), os centros culturais praticamente não existem, e a prefeitura de Salvador não demonstra nenhum interesse em restaurar, dinamizar espaços, nem em efetivamente fazer uma ação cultural abrangente e definida, com abertura de teatros, editais, apoios diretos através de um Fundo Municipal de Cultura, enfim, nem Secretaria de Cultura nós temos. Parece que agora será obrigatória a criação de uma, depois do Plano Nacional de Cultura e das conferências recentes que entendem a cultura como centro de modificação de um povo.

Se eu for falar das artes, então, a coisa fica mais complicada. Vamos ao teatro, por exemplo, área em que insisto em ser um profissional atuante (talvez provando a mim mesmo que não sou dos mais inteligentes). Otávio Mangabeira, político e aforista de primeira, dizia que na Bahia se paga 50 pra você não ganhar 20 (não lembro se eram estes os números, mas é esta a filosofia da coisa). E é uma verdade absoluta. Ao invés dos artistas tentarem um empurrar o outro pra todos subirem juntos, fica um puxando o pé do outro, tentando evitar que o outro cresça, boicotando carreiras, idéias, enfim, é desesperador ver como várias pessoas que tentam fazer algo bom nessa terra são imediatamente anuladas, derrubadas, boicotadas e ignoradas.

Lembro que, na minha época de estudante de teatro, havia uma avidez pelas notícias de novas montagens. O bochicho que rolava pelos corredores da Escola de Teatro de que um Guerreiro ia montar um Camus, um Hackler ia montar um Nelson, um Deolindo ia montar um Brecht, e por aí vai, tudo isso despertava nossa curiosidade. Saber os atores que estavam no elenco e correr atrás de grandes interpretações ou equívocos, mas dentro de uma referência de qualidade, de respeito e admiração, era um frisson que aguçava nossa visão e aprendizado de teatro.

Até isso se perdeu. Um dos maiores acontecimentos teatrais dos últimos tempos foi o trabalho do ator Carlos Betão no espetáculo “Combate de negros e cães”, de Koltés. E a carreira de Carlos Betão pode bem definir a estupidez soteropolitana. Ator de primeira grandeza dos nossos palcos, é a prova cabal de que a classe teatral de Salvador faz de tudo pra derrubar o outro, paga 50 pro outro não ganhar 20. Betão jamais ganhou um prêmio de teatro, mesmo que isso não signifique muito, eu sei, mas simbolicamente, em anos de carreira, ele ser ignorado assim é cruel e estúpido.

Muito se fala, por agora, do Prêmio Braskem de Teatro. Críticas e críticas ao prêmio, dizendo que o Braskem é isso e aquilo outro, como se Braskem fosse um orixá. As pessoas se esquecem que a porcentagem de equívocos anuais da premiação é proporcional à porcentagem de artistas de teatro nas comissões. Algo como se 80% dos equívocos anuais estivessem em consonância com os 80% de pessoas de teatro presentes nas comissões do prêmio. Digo isso para provar que o problema não está no Braskem, muito menos na Braskem, que proporciona uma festa imensa prestigiando e premiando nossas produções. O problema está justamente na classe teatral que, compondo a comissão, comete crimes, equívocos e desrespeitos ao bom-senso, fazendo com que aumente cada vez mais a minha lista de decepções na classe teatral baiana. Basta que se faça uma provocação; uma sondagem de por onde anda e o que fazem os premiados desconhecidos que subiram no palco do Teatro Castro Alves.

Voltando ao excepcional trabalho de ator de Carlos Betão na peça de Koltés, que talvez encerre definitivamente suas apresentações domingo próximo, dia 22/11/2009, tomo como exemplo a forma silenciosamente burra com que a cidade acolheu esse trabalho pra mostrar como Salvador é uma péssima madrasta, daquelas de contos-de-fada.

Estive em São Paulo duas vezes, nos últimos dois meses, e vi o quanto a imprensa local levanta seus artistas. Os jornais e revistas abrem espaços imensos pra elogiar e fazer reportagens sobre trabalhos de artistas da cidade. Criam velhos e novos gênios, dão várias estrelinhas nos roteiros para espetáculos que muitas vezes não consigo entender o porquê, mas eles sabiamente vão levantando a bola dos grupos de teatro, dos dramaturgos, e toda hora é prêmio, é reportagem, matéria em jornal, publicações, teses e dissertações sobre grupos e artistas da cena paulista e, assim, esses artistas vão legitimando seu trabalho, colecionando críticas, matérias e fazendo um portfólio invejável, e assim vão chegando pra nós – pobres nordestinos -  referências de revistas e jornais que nos fazem avidamente querer ver, reverenciar e tratar esses artistas como seres superiores que conseguem fazer algo inatingível para nós, reles provincianos.

O que não é verdade. Proporcionalmente, com os poucos recursos que temos, conseguimos produzir coisas de qualidade. Mas com a grande diferença de que, enquanto em São Paulo as coisas boas – e muitas ruins, é verdade – são exaltadas e premiadas, aqui há uma difusa conspiração pra que nada dê certo. Possivelmente Carlos Betão passará mais um ano sem indicação, e se indicado, sem um prêmio por um trabalho que, este ano, se destacou sobremaneira nos palcos da cidade. Assim como vários outros artistas foram ignorados, injustiçados, sufocados pela mediocridade que, como cal num jardim, não impede que nada cresça e floresça.

Muita gente me pergunta, diariamente, acreditem, por que eu não vou embora daqui. Muitos por estarem de saco cheio de me ouvir reclamar, poucos por acharem que meu trabalho poderia conquistar um espaço de mais respeito em outras plagas, outros porque não acreditam em Salvador e não têm esperança nenhuma de que saiamos dessa mediocridade sufocante que só faz crescer cada dia mais.

Eu também me pergunto. Sou frouxo. Muito covarde. E preguiçoso. E, lá no fundo, um pouco romântico e esperançoso (talvez o romantismo e a esperança sirvam apenas de desculpa). Mas acho que não sou dos mais covardes porque brigo. Critico. Tento gritar neste deserto surdo devastado pela estupidez. Tento ampliar minhas ações, fazer interações, criar projetos que dialoguem com a cidade.

Talvez um dia eu canse. E vá-me embora, deixando mais um minúsculo buraco nesse imenso abismo deixado por grandes artistas que cansaram daqui, e precisaram sair pra sobreviver e serem reconhecidos. Artistas que nunca tiveram espaço na mídia local, mas que, estando fora, quando vêm são recebidos pela província como gênios. É muito triste, tudo isso. Eu estou triste com minha cidade. Com minha carreira. Talvez, ficando aqui, um dia eu canse, e sem ir embora, me enfie numa carreira acadêmica e cultive plantas, escreva pra gaveta, componha pros pássaros na janela. Darei as costas à cidade que tantas vezes deu as costas a mim.

Salvador tem salvação?


GVT

11 comentários:

Gideon Rosa disse...

Meu caro GVT, não consigo um número percentual que seja justo para expressar o quanto me solidarizo com seu extenso comentário-desabafo.Realmente aqui se dá 50 para o outro não ganhar 20. A imprensa parece desfrutar do prazer de não reconhecer, de não levantar a bola e vive atrás das ondas infladas pelas assessorias de imprensa. A razão disso é a característica infeliz das nossas editorias: os repórteres ensimesmaram-se nas redações, não acompanham a movimentação da vida artística. Então, como refletí-la? Mas os profissionais não têm culpa, não, não os acuse. A responsabilidade disso é da falta de ambição empresarial, da mentalidade atrasada da Bahia que se expressa em todos os campos. Quanto ao Braskem, esse prêmio precioso para o reconhecimento da classe artística, vive seus estertores porque está controlado por um grupo que tem levado seu resultado para uma espécie de reparação social, não um reconhecimento da excelência artística. Uma lástima.

Rita de Carvalho disse...

Gil,
vi seu comentário no facebook e resolvi falar aqui. Realmente não podemos mais ficar silenciosos. O descaso dos governantes e o descaso do próprio povo com Salvador já exige que comecemos a dizer que queremos algo diferente. Você não está só.

fabio disse...

GIL VICENTE

Extremamente oportuno teu comentário/desabafo. Concordo em gênero, número e grau. Atualmente existe em Salvador um estimulo a mediocridade em todas as áreas. Não acontecem debates, encontros de verdade. Tudo agora é só Conselho disso, conselho daquilo, algo gerencial, parecem querer construir um aparatick stalinista para melhor dominar as "mentes" já dominadas. Continuemos a "gritar", com nossa arte, seja ela grande ou pequena. Os jornalistas, a classe teatral deve sair do gueto em que se encontra e se unir, independente de divergências e da fogueira das vaidades a que ela se submete. Isso só enfraquece a classe e um belo movimento eclético e plural que poderia acontecer.

Gil Vicente Tavares disse...

Gideon,

A classe teatral tem muitas culpas, sim. Culpa pela omissão. Culpa pelo silêncio. Culpa por se curvar ante o poder em busca de benesses. Se nos uníssemos em conjunto, com um projeto sólido de política cultural, conseguiríamos muita coisa. O movimento Cultura na UTI pediu mais editais do núcleo, o governo fez. Pediu aumento do valor dos editais, o governo fez. Um movimento que não abarca toda a classe teatral baiana conseguiu coisas porque se uniu. Mas ir pra uma reunião onde a classe se autodestrói em picuinhas, vingancinhas e retaliações? É fácil jogar a culpa no poder público e não enxergar o quanto somos desarticulados e nos aproveitamos do pouco poder que temos circunstancialmente pra, ao invés de melhorar um pouco o panorama, reforçá-lo e se aproveitar disso em benefício próprio e como arma contra os que não se coadunam com a máfia. Vamos parar de tratar a classe como intocável. Se não fizermos uma autocrítica, não cresceremos jamais. E Salvador é craque nisso: não critiquemos pra sermos todos amiguinhos, prontos a apunhalar uns aos outros quando da oportunidade de fechar com o estabelecido. Essa não é minha política, e pago por isso; mas com integridade, palavra que escorrega fácil da consciência de muitos, aqui.

Rita e Fábio,

Jamais me utilizo do meu discurso como arma de abate. Quero instigar uma discussão, como a que estamos fazendo aqui. Tentei fazer isso em conjunto, em reuniões que vi serem improdutivas, revanchistas e desconexas. Estou há uns oito anos me reunindo pra discutir políticas públicas e só vi bate-boca, ironias, e promessas de mais encontros. Joguei a toalha. Vou, daqui, pontuando o que eu posso. E tentando ser ouvido, mesmo que por três pessoas como as que aqui deixaram seu comentário. Neste blog que é para todos e para ninguém.

abraço a todos,

GVT.

Anônimo disse...

Gil,
Muito obrigado, humildemente obrigado mesmo, meu querido! O que eu posso dizer diante da tua grandeza, é que eu perdir a esperança na Bahia. Salvador torce o nariz para o meu trabalho e isso é um grande balde de água fria no meu estímulo, parece que Salvador me põe pra fora de suas raias a todo instante.Mas eu, por pirraça ou por amor, continuarei fazendo teatro, pois "eles passarão, eu passarinho"! Estou pensando seriamente em me mandar!!!

CARLOS BETÃO

Anônimo disse...

grande Gil Vicente. é com um misto de felicidade e tristeza que leio seu oprtuno texto. a Bahia já era, amigo. qdo isso aqui se transformar já estaremos mortos e sepultados. de q adianta sermos a terceira cidade do Brasil? no sul do país tem cidades com 400 a 800 mil habitantes e vivem num ambientte de muito mais cultura. o crescimento populacional de Salvador é exatamente de classes menos favorecidas e, infelizmente, elas ODEIAM cultura q seja diferente do pagodão todo enfiado, do axé. e as classes mais altas, e q poderiam ter um gosto diferenciado tb vão por esse mesmo caminho. basta ver as festas nos playgrounds dos condominios de luxo com o pagodão comendo solto. já era, Bahia. e Gideon falou uma coisa muito certa aí, hoje as políticas cultuirais estão voltadas apenas pra esse discurso furado da inclusão e reparação social. e o mérito artístico não importa mais. afinal é bem mais fácil para o governo, do PT, lógico, manipular gente analfabeta. e depois reclamavam de ACM.

Marcelo Praddo. disse...

Caro Gil,
esse seu sentimento está sendo partilhado por inúmeros artistas da cidade. Arrancaram a nossa paixão pelo teatro e ficamos em casa, depressivos, quase sem vida. E não é fácil reagir a esse massacre. Entendo a sua crítica à classe teatral, mas a verdade é que está praticamente impossível se produzir teatro na Bahia, e é a produção que fortalece o mercado, o artista, e que lhe dá consciência do seu papel enquanto profissional. Tínhamos chegado a um momento interessante nesse processo,mas...Quanto a Betão, é realmente inexplicável...e não é só ele que pensa em ir embora da cidade...são vários os profissionais de teatro que escuto dizer o quanto gostariam de ir embora daqui...triste Bahia!

Marcelo Praddo.

Vida Oliveira disse...

Eu confesso que já desisti. Prefiro terminar a faculdade e sair daqui. Seguir vida academica, escrever para gavetas, para pagar as contas, e tentar teatro em outro lugar.
Muito bom o seu texto, Gil.
Mas infelizmente não vejo mais salvação.

Gil Vicente Tavares disse...

Talvez esse imenso coro de descontentes já seja um indício de mudança. Pelo menos de vontade. Mas falta sempre tanta coisa pra que isso mude...

SB-SSA disse...

Caro Gil, li seu comentário que pergunta se Salvador tem salvação. Gostei muito do seu texto e compartilho com muitas das suas reflexões. Não sou profissional do teatro, portanto, não conheço a realidade da classe. Entretanto, sou acadêmico (escrevo para gavetas) e devo dizer que em relação à academia baiana vivencamos uma realidade muito próxima, muito parecida com a realidade dos profissionais do teatro baiano. Salvador é, de fato, uma cidade madrasta (daquelas dos contos de fada). Inúmeros acadêmicos também pensam em "se mandar" de Salvador, seja porque aqui só se pode escrever para gavetas, já que não há interlocutores, seja porque o mercado de trabaho local não valoriza aquele profissonal que investiu de maneira séria e competente (que passa longe dos apelos da mediocridade) na sua carreira. Para se ter uma ideia, as nossas instituições particulares de ensino superior fazem pouco caso dos profissionais que se recusam a ser medíocres. A ideia é: seja medíocre. Por isso elas não investem em pesquisa, nem no aprimoramento dos seus professores. Impossível construir uma carreira sólida em uma instituição de ensino privada. Nas públicas, por sua vez, impera o jogo de cartas marcadas e dos "clubes das luluzinhas". Também nessa área, despreza-se a competência. O baiano Milton Santos, um dos maiores pensadores desse país, foi e é gloriosamente ignorado pela academia baiana. Sua carreira foi construída e solidificada fora daqui. Isso só para dizer o quanto nossa cidade é provinciana e estúpida. Mas acho que Salvador é uma cidade madrasta em todo os sentidos. Viver aqui é muito complicado. Nosso cotidiano é caótico. O simples ato de se deslocar de casa para o trabalho já é uma tarefa árdua e muito cansativa. A falta de educação das pessas é calamitosa. Aqui todos querem ter direitos, mas nenhum dever ou obrigação. A ganância das nossas elites financeiras, econômicas e políticas é algo que, como já disse o outro Gil (o GIlberto), "já virou um aleijão". A omissão ds intelectuas beira a idiotice. Aqui não há debates, só picuinhas. O que interesa de fato é discutido fora daqui. Tínhamos tudo para sermos uma cidade do futuro, a cidade do século XXI, mas em nome da ganância, abriu-se as pernas e todo o resto para a especulação imobiliária, com o discurso falacioso de "geração de emprego" (todos temporários)e os nossos recursos naturais, culturais e intelectuais foram trocados por "drogas inúteis" (é incrível como o Gregório de Matos permanece atual). Enfim, por romantismo, quero crer que Salvador tem salvação, mas a cada instante os acontecimentos me levam a dizer: "Cessa Sílvio! Cessa!" Jogar a toalha é algo que me deixa triste e frustrado, mas estou quase lá, falta pouquinho. O tempo passa, as forças se esvaem. Um abraço e não posso encerrar sem dizer que seu blog é ótimo! Um espaço para pensar, refletir e discutir. Muito bom!!!!

Gil Vicente Tavares disse...

Caro Sílvio,

O pior de tudo é a sensação de impotência. Nós, os poucos que criticamos, denunciamos e ansiamos por mudanças, somos também os que mais somos alijados, taxados e folclorizados.
A melhor forma que o baiano acha pra se safar de alguma situação é folclorizando. Portanto, eu sou o que não gosta de nada (só do meu trabalho, dizem uns), sou o que critica tudo, sou a nota dissonante. É preciso mais gente dizendo que o rei está nu, mas é muito mais facilmente covarde se adaptar ao sistema e levar uma vida morna - seja na academia, seja nas artes, seja onde for. A falta de ambição e profissionalismo, a falta de visão e de união destroem com alguma possibilidade de Salvador ser, como você mesmo diz, uma cidade do futuro, exemplo pro século XXI. Temos potencial, mas estamos impotentes.
Queria aproveitar e registrar, não como troca de gentilezas que caracterizam os medíocres, mas como pessoa que se preocupa com a cidade, que seu blog também é um grande serviço à nossa terra. Pena não conseguirmos atingir tantos quanto queríamos. às vezes me dá a sensação de que falamos entre nós, que não ecoa e não provoca ninguém a repensar seu mundo. Espero que não.
Sempre disse que se a cada espetáculo meu eu conseguir tocar ao menos uma pessoa da platéia, isso já me faz feliz. Espero que seja assim, também, com este espaço de discussão. E fique atento às produções do nosso grupo. Outra coisa que acho pateta em Salvador é ver conhecidos chegarem pra mim dizendo; "estou acompanhando seu sucesso, vejo sempre seu nome nos jornais", ao passo que nunca foram ver nada que eu fiz.
Chega de escrever, me animei.

grande abraço!