sábado, junho 11, 2011

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quinta-feira, junho 09, 2011

O Teatro em 200 anos de jornalismo na Bahia

O texto abaixo foi publicado hoje (09 de junho de 2011) no jornal A Tarde 2+. Salvador - Bahia, por Jussilene Santana

O jornalismo na Bahia comemorou seu bicentenário no dia 14 de maio. Enquanto a área aguarda quem proponha uma interpretação sobre a história dos 200 anos da atividade no estado, o presente texto – apesar de evidentes e concretos limites – ousa uma mirada panorâmica sobre como o tema teatro tendeu a ser abordado pelos periódicos locais.

A ‘primeira gazeta’ da Bahia, a Idade d’Ouro do Brazil, nasceu em 1811 para defender a fidelidade da colônia a Portugal. Nas 04 folhas do 1º número, o teatro não foi notícia. A Idade d’Ouro deixou de ser publicada em 1823, depois da Independência do Brasil, dias antes da Independência da Bahia, posto que a razão política do panfleto havia deixado de existir.

E é uma ‘razão política’ similar o que move o jornalismo baiano, geração após geração, criando veículos para atuarem como instrumento – a maioria das vezes de face político-partidária – na arena política. Também em 200 anos, sobretudo os diários pertenceram quase que exclusivamente a diferentes grupos políticos e econômicos que formavam a elite social, atuando primordialmente para defender tais interesses.

Nessa atmosfera, o teatro tendeu a ser aproveitado como mais um tema possível de ser cultivado/mantido politicamente; pouquíssimas vezes, compreendido em sua originalidade.

Logo após o lançamento da Idade d’Ouro, é inaugurado, em 1812, o Teatro São João, palco central da representação dos valores culturais, estéticos e políticos da elite baiana durante o século XIX e início do XX. Ele foi o ‘centro das letras dramáticas’ praticamente por todo Império e I República até quando, em 1923, foi destruído por um incêndio. O São João, suas atividades e freqüentadores foram os principais assuntos teatrais da imprensa baiana por todo o período.

Entre 1910/1940, o teatro na Bahia acusa o impacto da transformação do cinema e do rádio em atividades basilares da sociabilidade e do entretenimento. A mudança de foco é sentida nos jornais e revistas. Após a II Guerra, os eventos intermitentes de grupos amadores de diferentes perfis são os principais motivadores de notícias, geralmente exploradas no formato nota e crônica e que podiam ou não ser enquadradas em colunas.

Tal situação se mantém de forma praticamente inalterada até meados dos anos 1950, nos 05 diários impressos existentes, quando há a criação da Escola de Teatro, instituição participante das ações culturais modernizadoras promovidas/amparadas, sobretudo pela então Universidade da Bahia.

No final dos anos 1950 e anos 1960 tanto o exercício do teatro quanto do jornalismo passam por profundas mudanças. A diversificada atuação da ET sob a direção de Martim Gonçalves (1956-1961), promovendo sistematicamente a pedagogia e a prática do teatro moderno, favorece, pela primeira vez no estado, o esboço de um caminho para a área do teatro como um ‘campo autônomo’ artístico e profissional, propondo que tal campo não mais precisaria estar – mesmo quando aproveitando as possibilidades de interface – a reboque das necessidades estabelecidas para ele em outras áreas.

A batalha para o fortalecimento do teatro como ‘um campo’ também é exercida nos jornais, através de textos dos suplementos culturais, sobretudo do Diário de Notícias e Jornal da Bahia. Por conta da intensa movimentação teatral, são criadas novas colunas, publicadas mais entrevistas e matérias.

Articulador central da ação, Martim tem, no início, apoio dos jornais, mas, à medida que se evidencia onde tal autonomia e capacidade crítica poderiam chegar, passa a ser atacado, sobretudo por campanhas jornalísticas que pedem e conseguem seu afastamento do estado. A mutilação de inúmeros fatos que compõem esse complexo episódio e o silenciamento sobre o sucesso de Martim ao sair da Bahia afetaram profundamente a mentalidade da área teatral baiana.

Assinale-se ainda certo fervor sobre teatro nos anos 1960/1970, em revistas e nas TVs recém-criadas. Nos 1990, uma nova onda de profissionalização (ligada de forma truncada e mal compreendendo àquela primeira) promove 02 especializações que colaboram para movimentar a cena: o produtor e o assessor de imprensa. No novo milênio, o tema teatro na Bahia procura fazer as pazes com o passado enquanto trafega pela internet.

quarta-feira, junho 08, 2011

Ser ou não ser....Profissional?

Esse debate sobre teatro profissional em Salvador veio transmigrado do blog de minha amiga Adriana Amorim, o Arte do Espectador. Acompanhem no link!

Por Jussilene Santana