segunda-feira, outubro 11, 2010

SOBRE INVESTIMENTO EM TEATRO


Publico aqui uma carta-artigo em debate com Márcio Meirelles, secretário da cultura da Bahia, postada no facebook semana passada. O acesso limitado ao facebook me provocou abrir este diálogo com aqueles que não utilizam essa ferramenta social. Pois então, no Facebook há muitas intervenções de outras pessoas e, se for o caso, posso postá-las aqui também. O informativo oficial Plug Cultura trouxe várias tabelas dos investimentos FazCultura e Fundo em anexo. A minha decisão em publicar isto no blog se deve ao fato de que cada vez mais o debate substancioso tem migrado dos textos impressos para o ambiente virtual. Como acredito na necessidade deste debate ser aberto, inclusive para futura escrita da história, ele precisa estar acessível pelos instrumentos de busca on-line. É isto.

Então, tudo começou com uma postagem do Plug de Cultura SOBRE INVESTIMENTO EM TEATRO (Segue: "A respeito do que vai ser discutido no I Seminário de Comunicação e Cultura http://bit.ly/ckPxPD é falsa a informação sobre o 'baixo investimento do governo' no setor. Vale ressaltar que, desde 2007, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia vem investindo em todo o estado, com o comprometimento de R$ 32 milhões em ações como o Programa de Apoio a Instituições Culturais, o apoio a festivais de artes cênicas, cessão de pautas gratuitas em espaços da FUNCEB, requalificação e modernização dos espaços e montagem e circulação de grupos e espetáculos. Os editais também não são as únicas formas de apoio: temos programa de apoio através de incentivo fiscal e também linhas de crédito específicas para o setor cultural").


(Primeira intervenção de Jussilene sobre o tópico)"Sobre o item "investimentos em teatro", para uma análise fazer sentido é preciso comparar com o volume de investimento dos anos anteriores (1997/2001 e 2002/2006), analisar a evoluçao desse fluxo agora apresentado...Se não "a coisa" fica so...lta.. Comparar também a relacao quantidade/qualidade de projetos contemplados com o volume da verba. Por exemplo, na tabela do FazCultura dos 3,6 milhões, quase metade foi empregado em festivais/manutençao-de-espaço/formação (digamos, na infra)...A outra "metade" ficou com circulação e montagem. Em montagem, que é, digamos assim, o que dá "visibilidade" e "sentido" à área (que dá razão 'à cena') 390 mil (1/5) foi para projetos de arte-educação/infantis/APAE. Dos 11 projetos restantes, apenas 5 receberam mais de 140 mil reais, sendo um destes um espetáculo de DANÇA e infanto-juvenil. Não é uma análise profunda. Abri e li. Quanto ao FUNDO, apresenta um movimento de verba muito semelhante, com um paroxismo: Dos 9,7 milhões totais, 8,4 milhões foram para manutenção-festivais-formação (86,8% da grana). Em montagem/apresentacao, ficamos com 646 mil em 10 "produtos/obras" (1 deles, o Teatro NU Cinema, era só leitura...). Então, dos nove "espetáculos" apenas 2 receberam mais de 100 mil, um deles era uma ópera, o outro era um Auto de Natal. Os demais acertaram as contas com suas equipes com valores de 63 mil (para os 20 anos de teatro de claudinho simoes) a 16, 10 e 5 (!) mil. Só para seguir, no item festivais do Fundo, que ficou com 2,9 milhões, 14 festivais foram realizados em 3 anos e meio. Mas a minha pergunta é: exibindo o que? Se o item "montagens" como vimos tanto no Faz, quanto no Fundo é bastante enxuto? Obras de anos anteriores? Obras de outros estados? De todo modo, no aguardo de novas leituras sobre os mesmos números.. Como disse, não é uma análise.. É um post de facebook no sábado à noite. E vamos.Ver mais
02 de outubro às 00:12"

(Resposta de Márcio a isto e muitas outras observações de Marlúcia Moraes e Roberto de Souza) Marlucia, sei quem vc é e onde vive. Eu vivo na bahia q tem 417 municípios. Vivo numa bahia q está mudando, e confirmou agora, em primeiro turno, sua vontade de continuar nessa direção onde todos podem ter acesso aos recursos públicos, em for...ma de apoio e fomento. em que a cultura é considerada eixo de desenvolvimento e precisa ser vista em todas as suas dimensões. inclusive a econômica. uma bahia q é o segundo estado do brasil em investimento estatal em culltura (veja o post abaixo aí...) só perde pra sp. e veja qto $ sp arrecada. uma bahia que coloca 3 filmes de longa metragem ao mesmo tempo num festival n temático depois de um longo período sem produzir um só. uma bahia onde quase 90% dos municípios já aderiram ao sistema estadual de cultura, o q vai ampliar o investimento na área. uma bahia onde o estado investe 4 milhões em teleteatro, para a tv iat, q vai direto para as escolas públicas, despertando o interesse dos alunos pela dramaturgia brasileira e baiana. uma bahia q tinha mais de 100 municípios sem biblioteca pública e agora faltam menos de 10, em implantação até o fim do mes. uma bahia que está investindo em sua memória, em levantamento de dados, em fortalecimento da sociedade, das organizações, dos grupos. em q o contraditório n é calado. em q as pessoas vão às ruas protestar contra um secretário pq ainda n receberam os recursos devidos - sem perceber q o mundo o brasil e a bahia estavam passando por uma forte crise econômica, da qual saímos e todos receberam. e todos depois ganharam novos editais e foram premiados por seus trabalhos em peças montadas a partir desse apoio. uma bahia q investe sim, beto, em artes visuais. e n poderíamos pensar q uma exposição de beuys, ou de sophie calle fosse de graça, mas só a última atraiu 40 mil pessoas ao museu. por isso pergunto onde vc vive, marlúcia, vivemos num mundo de redes, de cultura convergente. um artista tem a obrigação de ouvir a resposta soprada pelos novos ventos. e promover mais mudanças. mais diálogos. o teatro é a arte do diálogo. e nunca me furtei a nenhum. ao contrário, convocamos mais de 40 mil pessoas, na conferência estadual de cultura, para discutir os rumos das políticas púlicas para a cultura, isso foi 1/4 dos participantes da conferência nacional de cultura (vc estava lá?).
é preciso uma reflexão mais profunda sim, jussilene, 60 estréias num ano n é pouco. os números n são tudo, mas vc sabe tanto quanto eu q n se faz política pública sem conhecer números, indicadores, que estão sendo levantados agora, vc pode ver os investimentos comparativamente aos anos anteriores e aos anos 90 - boom mítico do teatro baiano que teve tb outros booms - a questão é o público. como é q um produtor n mantém em cartaz um espetáculo q está fazendo sucesso de público? q o público vai e paga? é um mistério baiano, né n? só mantém se o governo pagar. todos os artistas e produtores querem ser contratados pelo governo para trabalhar? podemos discutir a viabilidade dessa proposta. pode ser uma. quais serão os critérios para a contratação? o estado define? é isso mesmo a proposta?
marlúcia, gil n é vítima, n... pergunte a ele a sério. ele tem um entendimento mto preciso do q se passa. pelo menos qdo conversa ao vivo.
desculpem aí o tamanho do post. mas é mto difícil ficar ouvindo vc falar e acusar, irresponsavelmente, sem olhar pro lado. q compromisso nós artistas baianos temos com o mundo? vcs já viram as páginas de notícias internacionais de nossos periódicos? estamos ilhados em nós mesmos, queridos. esse foi o efeito mais perverso do q passamos. por isso o investimento em festivais. temos muitos agora. é uma forma de trocarmos, de vermos e sermos vistos. já o investimento em instituições, infraestrutura, como vc fala, jussilene, indiretamente beneficia também montagems, temporadas, repertório e circulação.
bjs. boa noite e boa sorte pra todos nós.

(Segunda de Jussilene)Marcio e todos, bom dia. Quero ser bem objetiva, após uma pequena abertura contextualizadora:

Estive presente em todas as primeiras setoriais da então iniciante Secretaria de Cultura em 2007 (na verdade, já no final de 2006, quando houve um ...movimento de “passagem” do poder...), nas reuniões e em todos os debates da/com a classe. Acompanhei com o máximo interesse a proposta da “cultura como um dos pilares para o desenvolvimento social” ainda acredito nisto e não só para a Bahia. Agora, vamos para a parte objetiva que é exatamente quando Marcio diz “inclusive em sua dimensão econômica”. É o que me interessa, agora: A ECONOMIA DA CULTURA. E não inclusive....Mas como centro.

O que aconteceu nestes quatro últimos anos, segundo minha análise e números que venho privadamente coletando, foi uma mudança substancial no MODELO DE FINANCIAMENTO da cultura na Bahia. E aqui, quero abandonar o substantivo coletivo CULTURA e ir para algo mais singular ARTE e especificamente TEATRO (que é ou não o tema do post? Claro que podemos discutir o geral, não é isso... mas aí a gente se perde).

Nos anos 1990, se criou na Bahia uma rede de produção teatral montada com base na renúncia fiscal. Rede de produção teatral antes, com tamanha extensão, nunca fora montada. Não estou falando de talentos individuais, que a Bahia sempre teve e terá. Uma rede é algo que envolve diferentes profissionais envolvidos, em diferentes funções, como sabemos, mas a especificidade desta para outras é que de certa forma garantiu que o valor bruto das produções e dos salários das equipes baianas se equiparasse ao que era feito no eixo Rio e São Paulo. Esta rede tinha falhas e limites gravíssimos, precisava ser repensada, a classe teatral, mesmo a favorecida, sabia disso e ansiava por mudanças. Tanto que se colocou ABERTAMENTE do lado de Wagner. Na ocasião.

Pois bem, o que aconteceu, grosso modo? Uma “demonização” do Fazcultura por parte de vertentes internas da Secretaria de Cultura, que terminaram (?) vencedoras. E o Faz, sobretudo em 2007 (tabelas gerenciadas pela própria Secult), teve um desempenho pífio. Novamente? Mudanças no Faz precisavam ser feitas!! Havia a prática abusiva do retorno dos 20% para as empresas (que na verdade era a parte que cabia a elas na produção, mas “a maioria” dava um jeito de deixar as contas só para o Estado pagar...) e acabou o disk-Gaudenzi. Era o envolvimento do antigo Secretário diretamente com as empresas e ele, apesar de não ser “um homem de teatro”, curiosamente não perdia uma estréia (!), sobretudo as subvencionadas pela Secretaria (ou não!) e estava lá sempre incentivado os atores! Na platéia. O que era isso? O velho (bom e mal, como se vê) paternalismo e favoritismo do modus operandi do Carlismo, que nos anos 1990 possibilitou, entre outras iniciativas, a criação do Teatro XVIII e a recuperação do Teatro Vila Velha.

Bom, a perseguição aos mecanismos de renúncia fiscal não se deu apenas a nível estadual....O Brasil inteiro passou pelo mesmo debate, mas com uma diferença: a produção sob renúncia fiscal não fora de todo desmantelada no “eixo” e TEVE que conviver com a (sem ironia nenhuma!) maravilhosa novidade dos fundos públicos de investimento. Então, vamos ao Fundo de Cultura da Bahia.

O Fundo nos anos Carlistas só financiavam 14 instituições público-privadas, basicamente localizadas em Salvador. Mantinha praticamente estas instituição e nada mais tinha chance. Coisa rara ganhar o Fundo. A Secretaria de Cultura na gestão ...de Marcio Meirelles centrou foco no Fundo e, ainda não compreendo se foi ou não deliberadamente, esvaziou ‘politicamente’ a opção FazCultura (tanto pior se não foi deliberado! Se, simplesmente, “aconteceu”!!). Naquelas primeiras reuniões a que me referi, lá em cima, se falava muito em economia da cultura, mas como se vê, ela foi relegada a um terceiríssimo plano. A parte assistencialista teve proeminência. Havia, sim, algo de expurgo DE ALGUNS que ‘violaram’ ganhando dinheiro na gestão passada, mas, para usar uma imagem gasta: se jogou a criança fora com a água do banho... Como já frisei, no Rio, São Paulo e Brasília a renúncia fiscal segue em paralelo, o debate com a Reforma da Lei Rouanet sofreu severos freios.

Toda esta mudança favoreceu o surgimento de vários novos atores (sociais e teatrais), mas a maioria daqueles que já haviam se capacitado e passado por uma fase, digamos, mais amadora, achava justo continuar tendo os mesmos custos e recebendo os velhos cachês (Aqui, uma abertura para o “imaginário então em voga na classe teatral”: nem todos estes eram RIQUÏSSIMOS!! A grossa maioria dos atores ganhava entre 1.500 a 2.000, reais por mês, algo JUSTO para qualquer trabalhador especializado. Existiam outros valores, é claro! Mas deveriam ser discutidos caso a caso...E, como disse, foi a época em que a produção baiana se equiparou à produção do Eixo, em termos de produção capitalista). Esta maioria brutal se recolheu nos últimos 4 anos. Houve um hiato de produção desta gente. Um grave problema para manutenção DO PUBLICO TEATAL que então se formava, um grave problema para a formação de novos atores (porque, acredito, ator não se faz, se copia “imitando” os melhores e dando um “toque de seu”). Causa e conseqüência não conseguiram reduzir orçamentos que giravam em torno de R$ 200 mil (a base, mas havia produções muuuuito maiores) para R$ 30, R$ 20 ou mesmo R$ 5 mil (!!! Vide tabela Fundo, 2007).

Bom, só para fechar o raciocínio, o Fundo de Cultura foi então bombardeado por novas propostas, abertas à participação popular, e COM A MESMA equipe de antes. Resultado? Uma pane no sistema!!! Se antes o Fundo recebia 100, 120 propostas, passou a ter quase 2 mil inscritos! Discordo do Márcio quando diz que o resultado da demora para a liberação de verbas foi a crise (crise, aliás, que os governos federal e estadual não cansaram de dizer que passamos ilesos, tal qual uma marola). A demora foi esta: a estrutura não tava preparada para a nova demanda.

Outra discordância que tenho de Márcio: os anos 1990 não foram um boom mítico. Foi fato. Foi o momento nos últimos 50 anos onde mais pessoas viveram de teatro em Salvador, onde mais peças de teatro estrearam E CONTINUARAM em cartaz (!!), onde atores e grupos baianos tiveram visibilidade nacional (no próprio teatro, cinema e TV – e recortes de jornal de fora do estado da Bahia provam muito bem esse interesse). Como conseqüência: o número de matriculados em teatro na Ufba aumentou exponencialmente, uma nova faculdade (seguindo a onda....) foi aberta e outros pequenos cursos. O interesse era social. O “teatro” não era um tema que interessava só a “gente de teatro”....Vazava para a TV aberta, para a grande mídia (que sabemos interesseira só do que “já faz sucesso” e, por isso, via o teatro como algo também com o que ‘lucrar’) e para o cinema.

E, por falar em cinema, é preciso pontuar o lançamento dos três filmes baianos neste Festival do Rio 2010. Primeiro caso, O jardim das Folhas Sagradas: em 2004, portanto ANTES deste governo, Pola Ribeiro foi contemplado com R$600 mil da Pet...robrás (1/4 do orçamento) e, ainda em 2006, também no antigo governo, pelo FazCultura recebeu verba da Chesf. Trampolim do Forte recebeu dinheiro do edital do Minc e o documentário Filhos de João, que fala sobre a influência de João Gilberto nos Novos baianos, teve um orçamento enxuto que não permitiu a negociação do cachê de Baby Consuelo (é o que informa algumas reportagens....). A atual secretaria atuou célere, como noticiou amplamente na imprensa, na etapa de finalização e, acredito, distribuição. Portanto, como já desconfiamos, CINEMA é produção complexa, produção continuada, com altíssima divisão de trabalho e que precisa de continuidade para além das mudanças de governos.

Mas não falamos de cinema, mas sim de teatro. E mais uma vez discordo do post de Márcio. Márcio, “bilheteria não manter espetáculo de teatro que ‘é sucesso de público’” não é um ENIGMA DA BAHIA!!!! A Bahia tem outros enigmas, mas não é esse, que é simplesmente a REALIDADE das artes cênicas em todo o território nacional! Para não falarmos do mundo (fora a Broadway)... O que acontece no Rio, São Paulo, BH e Curitiba??? O governo OU EMPRESAS CAPITALISTAS (via renúncia fiscal) ou instituições mecenas bancam o espetáculo, um fixo e a bilheteria é o lucro/manutenção dos artistas. E aqui voltamos ao ponto de saída: Não podemos menosprezar as redes montadas (apesar de terem sido viciadas) de renúncia fiscal do Governo anterior. É preciso RE-conquistar os empresários, ampliar as formas de COMERCIALIZAR TAMBÉM o teatro. Teatro é educação, é assistência, é transformação, é modo de vida, caminho para liberação sexual e pessoal MAS também é ‘ganha-pão’. Nem o Governo Lula desprezou os capitalistas. Como ele mesmo disse certa feita sobre os banqueiros, “eles também fazem parte da sociedade e eu governo para a sociedade”. Fazemos nossas as palavras do líder.

Para fechar, discordo também do que Plug acabou de dizer, sobre a reeleição de Wagner comprovar a aprovação da política cultural.... Infelizmente é o típico argumento que toma a parte pelo todo. Bom, não sabemos quanto da classe TEATRAL continuou, como em 2006, apoiando o governo. Ele foi re-eleito, legitima e juridicamente, em outras bases.

(O último comentário de Márcio, também em resposta a Roberto de Souza, Priscila Marques, Isabela Silveira, Gil Vicente, Gaio Mattos e Inácio Balbino, mais que a metade deles apoiando as ações da secretaria e incentivando o trabalho de Márcio). Agradeço a contribuição de todos. Realmente é um momento de reflexão e avaliação. Vamos lá.

(o último comentário de Jussilene) Pois, então, o que se configura pelo debate é justamente a necessidade de se voltar a pensar na ampliação das diferentes dinâmicas de investimento ao teatro, visto que a pluralidade de perfis e dos "agentes sociais" é imensa.

Um "mercado" s...e formou de fato nos anos 1990 e ainda pode ser resgatado. O Estado pode e deve "animar/possibilitar" a volta da participação da iniciativa privada, posto que os essenciais Fundos e Editais possuem um perfil mais generalista, liberador de verbas para produções enxutas e/ou pouco afeitas a um "comércio óbvio".

Mas se engana quem acha que "as empresas" caem "nessa da Cultura" SEM um convencimento do Estado. Os capitalistas NÃO ENTRAM nem na extração de Petróleo (!!) sem um tipo qualquer de incentivo/empurrão do Estado! NEm na extração de Minério de Ferro (!!) sem a anterior construção de estradas estaduais para o escoamento da produção... Poderia analisar todo o Diário Oficial para vermos de fato como ocorre.

Há produções teatrais com o perfil de gastos mais robusto, que precisam de outras fontes além do Estado, mas que precisam do Estado nos termos ditos no parágrafo anterior. No caso de fundos estatais, é algo justo que sejam usados para manutenção de instituições, mas visto que as instituições também precisam ir em busca de novas parcerias, etc.

Sobre as novas parcerias, vivemos questinando no Teatro NU (http://teatronu.blogspot.com/) sobre a completa inoperância da prefeitura de Salvador no quesito... Mas há uma pluralidade e iniciativas federais que estão sendo e foram usadas, como o Edital da Petrobrás, como bem utilizou o Festival de Teatro do Suburbio, que recebeu R$ 50 mil.

Realmente, com este e outros debates, acredito estar, para além da minha militância óbvia nos palcos como atriz resistente, contribuindo por nossa área.
Data desta última postagem - 06 de outubro de 2010.

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