
Claro que vamos nos ater aqui nos espaços administrados/apoiados pelo Estado, visto que a resposta foi dada pela administração Estadual...Mas A MESMA questão deveria ser lançada e pressionada à esfera municipal, que (se aproveitando?) patina lépida e faceira frente ao barulho provocado pelo choque da administração estadual na classe...
Em primeiro lugar, não sei até que ponto é uma resposta condigna o fato do Espaço Cultura Alagados e do Teatro Iceia estarem fechados desde antes de 2007, ou seja, desde a administração carlista...
Pelo contrário, ao iniciar o governo, esta gestão já deveria tê-los como prioridades já dadas e certas, não? Digo isso apesar de saber dos crônicos problemas do Teatro do Iceia, sobretudo pelo seu perfil que afasta(ria) a maioria das peças "profissionais" da cidade.
Mas como a prioridade do governo atual é, ACIMA DE TUDO, descentralizar, ambos os casos se encaixariam perfeitamente nesta proposta!
Agora, vamos aos prazos. Se o projeto de reforma de Alagados foi CONTINGENCIADO para 2009, isso significa que ele NÃO ABRIRÁ nesta gestão? É isto? Afinal, 2010, é ano eleitoral e etc, etc...E outra: Em que pé está a captação de R$ 8 milhões para o Iceia? E também QUANDO poderemos esperar algo dele?
E sobre o Xisto Bahia, palco com boa requisição por parte da classe e que faz falta na programação até então estabelecida na cidade, que está parado há dois meses por causa de infiltrações? Esta reforma está prevista com R$ 3 milhões do Minc para quando afinal?? Sobre o Solar Boa Vista abrir em setembro, resta fiscalizar.
Sobre os espaços privados apoiados pelo governo/fundo houve o citado "problema no fluxo financeiro para liberação dos recursos 2009". Mas, ao lado deste atraso do dinheiro público, atraso que praticamente inviabiliza a sobrevivência de instituições culturais privadas, acredito que o maior debate da Política Cultural deste governo ainda esteja por ser realizado: Como a cultura pode/deve sobreviver SEM o Estado? Ou SÓ com o estado?
Se PRECISA ter apoio de empresas de CAPITAL PRIVADO então, como o Estado DEVE aproximá-las mais das instituições culturais? E com que mecanismos? Visto que os de renúncia fiscal (como o FazCultura/Rouanet) foram/estão combalidos e combatidos nas esferas estadual e federal?
E se há POUCO DINHEIRO para todas as "instituições privadas que querem dinheiro público" como selecioná-las? Digo isto, porque o discurso da Secult/Ba me parece esquizofrênico: ora prega que os artistas e suas instituições se virem no "mercado" sem a "dependência total" do governo, ora coloca o governo como única tábua de salvação para sua existência...
Bom, vou postando as minhas outras questões nos dias seguintes, para não acumular a leitura e embotar a reflexão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário