“Aquilo que em uma sucessão estabelecida de letras transcende a correlação ao evento é banido como obscuro e como metafísica verbal”
Theodor Adorno
A sociedade tem tomado certos caminhos inusitados em relação à obra de arte. Há uma necessidade constante de que a arte espelhe o cotidiano, num achatamento brutal entre arte e entretenimento, na busca de uma continuação da referência mais próxima, mais constante e usual.
Sendo mais claro. O homem tem buscado, em seus momentos de lazer, não o que lhe falta, o que lhe instiga, o que lhe provoca, mas sim o que lhe remete novamente à sua vida, aos seus referenciais, seus limites.
A televisão parece ser o paroxismo dessa questão. Vemos nas novelas o que vemos ou queremos ver na realidade, e queremos tanto a realidade próxima que os xous de realidade são recordistas de audiência. Vermo-nos espelhados em pessoas comuns, em atitudes comuns, em discussões comuns, e nos transpormos para lá como um apêndice da realidade torna-se tão prazeroso que a vida medíocre daquelas pessoas se torna nossa vida, nossa referência ética, estética e social. As notícias sobre o xou de realidade tomam as manchetes de jornais e sítios da internet de forma avassaladora, e os desfechos finais da novela das oito são mais discutidos, polêmicos e importantes que boa parte do que acontece no mundo.
Pra que eu não assuma termos como “massa”, é mais prudente falar de uma predisposição das pessoas às músicas que tocam na televisão, por exemplo. Seja enquanto tema de novela ou atração de programas dominicais. É um fenômeno que exemplifica a reação das massas, opa, das pessoas a serem conduzidas pelo que a indústria cultural pretende ditar.
Consequentemente, os xous são lotados de pessoas que querem ouvir a música que já conhece e que lhe foi passada como boa, sucesso, pois seus referenciais estéticos são ditados pelo mercado, pelos interesses fonográficos e pelos “jabás”.
Não bastasse ser um fenômeno que acontece na televisão e na música, essa necessidade de um referencial próximo, cotidiano e pleonástico vai repercutir no teatro de forma substancial.
Theodor Adorno
A sociedade tem tomado certos caminhos inusitados em relação à obra de arte. Há uma necessidade constante de que a arte espelhe o cotidiano, num achatamento brutal entre arte e entretenimento, na busca de uma continuação da referência mais próxima, mais constante e usual.
Sendo mais claro. O homem tem buscado, em seus momentos de lazer, não o que lhe falta, o que lhe instiga, o que lhe provoca, mas sim o que lhe remete novamente à sua vida, aos seus referenciais, seus limites.
A televisão parece ser o paroxismo dessa questão. Vemos nas novelas o que vemos ou queremos ver na realidade, e queremos tanto a realidade próxima que os xous de realidade são recordistas de audiência. Vermo-nos espelhados em pessoas comuns, em atitudes comuns, em discussões comuns, e nos transpormos para lá como um apêndice da realidade torna-se tão prazeroso que a vida medíocre daquelas pessoas se torna nossa vida, nossa referência ética, estética e social. As notícias sobre o xou de realidade tomam as manchetes de jornais e sítios da internet de forma avassaladora, e os desfechos finais da novela das oito são mais discutidos, polêmicos e importantes que boa parte do que acontece no mundo.
Pra que eu não assuma termos como “massa”, é mais prudente falar de uma predisposição das pessoas às músicas que tocam na televisão, por exemplo. Seja enquanto tema de novela ou atração de programas dominicais. É um fenômeno que exemplifica a reação das massas, opa, das pessoas a serem conduzidas pelo que a indústria cultural pretende ditar.
Consequentemente, os xous são lotados de pessoas que querem ouvir a música que já conhece e que lhe foi passada como boa, sucesso, pois seus referenciais estéticos são ditados pelo mercado, pelos interesses fonográficos e pelos “jabás”.
Não bastasse ser um fenômeno que acontece na televisão e na música, essa necessidade de um referencial próximo, cotidiano e pleonástico vai repercutir no teatro de forma substancial.
GVT.
2 comentários:
Olá,
Passei pelo seu blog e estou gostando dos seus textos. Adoro reflexões sobre a cultura de massa. Infelizmente,é o que é oferecido a quem não tem livre iniciativa de procurar conteúdos alternativos ao comercial. São temas superficiais, repetitivos, facilmente absorvido. Gostei quando abordou sobre o que o homem tem buscado. A justificativa costumeira é que, com tantos problemas, o povo quer mais é se divertir.
Cara Tatiana,
Como complementei no artigo mais recente, existem diversos fatores preocupantes na educação, formação e percepção do nosso público. Tento escrever para compreender. Continue dialogando com a gente, será um prazer.
um abraço,
GVT.
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